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O Expresso dos Encantos e o Mistério da Rainha Leonora

Num reino encantado onde o impossível tomava forma de possibilidades, morava a Rainha Leonora. Com seus longos cabelos da cor do mel que dançavam ao vento e seus olhos astutos como os de uma águia, Leonora era conhecida por sua sabedoria e bondade. Ela governava com justiça e todos a amavam. Mas, o que poucos sabiam é que, quando a lua beijava as estrelas, Leonora se transformava na mais intrépida aventureira que o reino já vira.

Numa noite de céu claro e estrelado, uma locomotiva esmeralda reluzente adentrou os trilhos do reino. O Expresso dos Encantos, assim chamado devido a sua habilidade de levar seus passageiros às mais fabulosas aventuras, parou na estação central de Leonora. A Rainha se apressou para embarcar, seu coração pulsando com a promessa de um mistério a desvendar.

— Boa noite, Vossa Majestade, — saudou o condutor, um gnomo de barba tão longa que poderia servir de xale numa noite fria. — Espero que esteja pronta para uma jornada inusitada esta noite.

Com um sorriso misterioso e confiante, ela subiu no vagão reservado para a realeza.

— Boa noite, caro condutor. Estou sempre pronta para o inesperado.

O trem começou a mover-se suavemente, ganhando velocidade, e enquanto construções e aldeias passavam num borrão de luzes, algo chamou atenção de Leonora. Sentado dignamente numa poltrona acolchoada de veludo, estava um gato ofuscante como a neve, fitando-a com olhos safira intensos e curiosos.

— Saudações, majestosa criatura. — Leonora inclinou-se levemente. — Em minha vida, nunca compartilhei uma viagem com um felino tão nobre.

O gato levantou-se e, com um miado gracioso, aproximou-se. Atrelado em sua coleira estava um pergaminho encerado.

— Lady Leonora, — ele miou com uma voz surpreendentemente humana e refinada, revelando-se um gato muito peculiar, — esperava por este encontro. Meu nome é Sir Whiskerton, e trago missão da mais alta importância.

Intrigada, Leonora desenrolou o pergaminho e leu as letras douradas que ardem na superfície do papel como faíscas de uma chama antiga:

O Destino da Luz está em tuas mãos,
Três enigmas deverás desvendar.
Subjaz na lâmpada de Ishtar o mundo aos teus pés,
Por caminhos de vapor e estrelas, tua busca terás de começar.

— Uma lâmpada? E quem é Ishtar? — perguntou Leonora, sentindo seu coração acelerar.

— Ishtar é a Deusa da Luz, cuja lâmpada há séculos foi perdida. Ela confiou que apenas uma rainha de coração puro poderia reacender a chama da verdade. A lâmpada foi vista pela última vez neste trem. — explicou Sir Whiskerton.

Viewsome de determinação, Leonora convocou sua intuição e graça real. O trem curvava-se agora pelo Vale das Névoas, uma região onde as luzes bruxuleavam como fadas ao luar.

— Nosso primeiro enigma nos é apresentado, Sir Whiskerton. — Leonora proferiu, sua voz ressoando no recinto. — O Destino da Luz está em tuas mãos. Isso sugere que a lâmpada pode ser encontrada apenas por quem possui a verdadeira intenção de busca-la.

E eles começaram a vasculhar o trem, Leonora e Whiskerton trocavam ideias e hipóteses, enquanto desvendavam misteriosos quebra-cabeças que surgiam em cada vagão. Cada compartimento era uma página de um livro encantado, ostentando decorações de países distantes e relíquias misteriosas.

A viagem prosseguia pela noite adentro, e à medida que deslizavam pelas paisagens, entre conversas e desafios, o laço entre a rainha e o felino tornou-se forte como um cordão de seda.

Numa certa cabine, adornada com tapeçarias árabes e incenso, Leonora deparou-se com uma lâmpada de latão, adornada com signos e gemas. Com um coração inflamado pela chama do destino, Leonora segurou a lâmpada quente ao toque, e com um sopro gentil soprou sobre a poeira ancestral que a cobria.

— Oh, magnífica Rainha Leonora — uma voz ecoou, emanando da lâmpada —, poucos teriam a coragem e a pureza para chegar até aqui. Como guardiã da luz, o que desejas trazer para este mundo?

Leonora, mantendo a lâmpada em suas mãos respondeu:

— Desejo que a luz da inspiração, sabedoria e amor infinito ilumine cada coração deste reino; que a bondade seja a bússola que guie cada aventureiro, e que a justiça prevaleça sobre as sombras.

Imediatamente, um véu luminoso emanou da lâmpada, fluindo como o rio mais puro, tocando cada alma adormecida, despertando gentileza e entendimento em todos os cantos do reino.

— A sua vontade é o comando, Rainha dos Corações Iluminados. — disseram as vozes do além, unindo-se ao brilhar das estrelas.

Leonora sorriu, sentindo uma paz abundante envolver seu ser, e Sir Whiskerton, com um ronronar satisfeito, enrolou-se ao seu lado. O Expresso dos Encantos continuou viagem, deslizando sobre os trilhos de magia, levando nossa heroica rainha de volta ao seu castelo, onde novos sonhos e aventuras certamente a aguardavam, para seguir inspirando corações e mentes de todas as idades em seu adorado reino.

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