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Um Encontro Inesperado no Rio Mágico

A brisa suave da manhã acariciava as folhas das árvores que cercavam o rio cristalino. O rio era conhecido por suas águas mágicas e pela abundante vida selvagem que morava em suas margens. Nessa paisagem encantadora, havia um belo castelo onde morava a Princesa Clara, uma jovem corajosa e amável, com cabelos dourados que reluziam à luz do sol.

Certa manhã, Clara decidiu explorar as margens do rio, em busca de aventuras. Caminhou por entre as árvores, ouvindo o canto dos pássaros e o murmúrio tranquilo da água. Depois de um tempo, avistou algo inusitado: uma pequena porquinha rosa, presa entre galhos à beira do rio, tentando se soltar sem sucesso.

— Oh, pobrezinha! — exclamou Clara. — Deixe-me ajudá-la!

Com habilidade e gentileza, Clara afastou os galhos e liberou a porquinha, que imediatamente começou a grunhir de gratidão. A princesa riu e fez um carinho na cabeça rosa do animalzinho.

— Qual é o seu nome, pequena? — perguntou, recebendo apenas mais grunhidos como resposta. — Vou chamá-la de Pipoquinha.

Pipoquinha, agora livre e feliz, seguiu a princesa Clara por todo o caminho, parecendo encontrar nela uma nova amiga e protetora. Juntas, as duas exploraram as margens do rio, maravilhando-se com a beleza ao seu redor.

Após algumas horas de caminhada, Clara e Pipoquinha chegaram a uma clareira onde o rio formava uma pequena lagoa. Com a luz do sol brilhando na superfície da água, formava-se uma visão deslumbrante. Enquanto a princesa apreciava a vista, notou algo brilhante nas margens da lagoa: penas de um pássaro raríssimo conhecido como Pássaro de Prata.

— Veja, Pipoquinha! — disse Clara, animada. — É uma grande coincidência encontrarmos essas penas aqui! O Pássaro de Prata deve estar por perto.

Pipoquinha grunhiu e balançou o rabinho, como se sentisse a emoção da princesa.

Clara, tomada pela curiosidade, começou a seguir as penas brilhantes, que formavam uma trilha misteriosa. Mais à frente, porém, a trilha de penas se dividia em duas direções. A princesa parou, ponderando qual caminho seguir.

— O que acha, Pipoquinha? — perguntou Clara. — Qual direção devemos tomar?

A porquinha olhou para um lado, depois para o outro, antes de se aproximar da trilha à direita, grunhindo de forma empolgada.

— Muito bem, vamos por aqui! — Clara concordou.

A trilha à direita revelou-se uma escolha sábia. Não demorou muito para que Clara ouvisse o suave canto do Pássaro de Prata. Quando enfim o avistaram, o pássaro estava sentado em um ramo baixo, com suas penas brilhando magnificamente.

— Que sorte! — exclamou Clara alegremente. — Se conseguirmos nos aproximar, poderei levá-lo ao castelo. Imagine as histórias que poderei contar!

Mas Pipoquinha parecia inquieta, grunhindo e olhando para o céu acima do ramo. Clara seguiu seu olhar e viu, com surpresa, outro Pássaro de Prata voando entre as árvores acima.

— Dois Pássaros de Prata! — disse Clara maravilhada. — Isso é um milagre da natureza!

A euforia tomou conta dela. Se capturasse os dois pássaros, sua história seria ainda mais grandiosa. Mas, como alcançar ambos?

Enquanto pensava sobre como proceder, o pássaro no ramo se mexeu, quase como se pressentisse o perigo. Clara teve que tomar uma decisão rápida.

— Pipoquinha — disse Clara —, sei que dois Pássaros de Prata seriam maravilhosos, mas se tentar capturar ambos, posso acabar sem nenhum. Devo agir com prudência.

Com determinação, Clara focou suas atenções no Pássaro de Prata mais próximo, lentamente se aproximando. Manteve seus movimentos suaves e calmos, para não assustá-lo. Pipoquinha observava atentamente, com seus olhinhos brilhantes e o rabinho agitado.

Quando estava perto o suficiente, Clara estendeu a mão silenciosamente e conseguiu tocar as penas douradas do pássaro. Em um instante mágico de confiança, o Pássaro de Prata pousou em seu ombro. Clara sorriu com felicidade.

— Consegui, Pipoquinha! Consegui!

Mas no mesmo instante, o outro pássaro quebrou o silêncio, voando para longe e desaparecendo entre as árvores. Clara sentiu um pequeno pesar, mas lembrou-se da moral que sempre ouviu de seu pai, o rei: Mais vale um pássaro na mão do que dois voando.

Satisfeita com sua escolha, Clara e Pipoquinha começaram o caminho de volta para o castelo. Durante a caminhada, Clara contou histórias para Pipoquinha sobre as maravilhas do rio e sobre a sabedoria em escolher o que é certo.

Quando alcançaram o castelo, foram recebidas com grande surpresa. Todos se maravilharam com o Pássaro de Prata posado no ombro da princesa e riram das travessuras de Pipoquinha.

— Princesa Clara, como conseguiu tamanha façanha? — perguntou uma das damas de companhia.

— Foi uma aventura maravilhosa. Fiz uma nova amiga e aprendi a importância de valorizar o que já possuímos — respondeu Clara, acariciando o Pássaro de Prata e sorrindo para Pipoquinha. — Afinal, mais vale um pássaro na mão do que dois voando.

A princesa Clara guardou com carinho todas as memórias desse dia, sabendo que tinha feito a escolha certa. E, assim, ela decidiu que sempre contaria a história daquela manhã mágica para lembrar a todos da verdadeira importância da sabedoria e da amizade.

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