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O Mistério da Televisão no Campo de Girassóis

Cercado por um vasto campo de girassóis que se estendiam até onde a vista alcançava, vivia uma marmota muito curiosa chamada Maurício. Ele adorava explorar cada canto desse colorido campo, sempre em busca de novas descobertas. Maurício passava os dias farejando o chão, observando as borboletas e se deliciando com o suave perfume das flores amarelas.

Mas, numa manhã ensolarada, algo muito estranho aconteceu. Maurício encontrou uma televisão no meio dos girassóis! Era uma televisão antiga, com uma telinha pequena e antenas compridas que pareciam tentáculos metálicos. O que uma televisão estaria fazendo ali, tão distante de qualquer casa ou cidade?

— O que é isso!? — exclamou Maurício, coçando a cabeça com sua patinha peluda.

Enquanto Maurício ainda olhava para a televisão com uma expressão confusa, seu amigo, o sapo Sebastião, pulou a seu lado.

— Maurício, o que é isso? Uma televisão no meio do campo de girassóis? — perguntou Sebastião, arregalando os grandes olhos verdes.

— Também estou me perguntando! Nunca vi nada assim antes. Será que alguém a perdeu? — ponderou Maurício.

Intrigados, os dois amigos começaram a investigar a televisão. Ela estava um pouco empoeirada e havia um emaranhado de cabos ao seu redor. Decidiram procurar por pistas e resolver o mistério de como ela foi parar ali.

Enquanto esquadrinhavam o campo, encontraram Dona Coruja, que estava empoleirada em um galho alto, observando tudo com seus olhos sábios.

— Dona Coruja, a senhora saberia nos dizer alguma coisa sobre essa televisão abandonada no campo? — perguntou Maurício esperançosamente.

— Ah, minhas crianças, eu vi quando a televisão apareceu aqui. Foi em uma noite de tempestade. Relâmpagos cortavam o céu e, de repente, ouvi um grande estrondo. Quando vim ver o que era, encontrei a televisão já instalada e parada ali onde vocês a viram — contou Dona Coruja.

— Uma tempestade, você disse? Isso é muito esquisito! — exclamou Sebastião, enxugando uma gota de suor da testa verde. — Tem alguma ideia de como resolver esse mistério, Dona Coruja?

— Bem… — começou ela, hesitando um pouco. — Eu vi uma figura sombria deixando a televisão e fugindo entre os girassóis. Mas não consegui ver quem era, pois estava muito escuro.

Aquelas palavras fizeram Maurício e Sebastião franzirem as sobrancelhas. Quem poderia ter trazido a televisão com um propósito misterioso e logo desaparecido?

Determinado, Maurício decidiu convocar uma reunião com todos os habitantes do campo de girassóis: a raposa Rufina, o coelho Coelho, o professor Grilo, entre outros. Aparentemente, ninguém sabia de nada. No entanto, o professor Grilo, sempre muito sábio, sugeriu que consultassem um velho livro de mistérios que ele mantinha em sua toca.

— Este livro contém segredos e histórias antigas de nosso campo — disse o professor Grilo, abrindo o grande tomo empoeirado.

Folheando as páginas, encontraram um capítulo que mencionava os antigos tempos em que os humanos visitavam o campo para diversos experimentos e passeios. Mau presságio, mas não de muita ajuda imediata.

Decidindo investigar por outro ângulo, seguiram a trilha de pegadas que encontraram próxima à televisão. As marcas eram pequenas demais para serem de pessoas, mas grandes demais para a maioria dos animais do campo. As pegadas os levaram até uma caverna escondida entre as altas flores de girassol. Cautelosamente, eles entraram na caverna. Lá dentro, encontraram um pequeno gnomo chamado Gusto.

— Ora, ora, visitantes! Faz tempo que não tenho visitas — disse Gusto com um sorriso travesso.

— Gusto, você sabe algo sobre a televisão que apareceu misteriosamente em nosso campo? — perguntou Maurício.

O gnomo suspirou e balançou a cabeça, ora de um lado, ora de outro.

— Bem, eu confesso que sou eu. Eu trouxe a televisão para cá — admitiu Gusto. — Mas eu prometo que não queria causar confusão. Estava testando um novo feitiço que transporta objetos de um lugar para outro. Não sabia que ela acabaria bem ali.

— Então, você sabe como resolver isso? — perguntou Sebastião com curiosidade.

— Claro, claro! — Gusto respondeu com confiança. — Só preciso de mais algumas ervas mágicas que crescem perto do riacho para desfazer o feitiço e enviar a televisão de volta de onde veio.

Maurício e Sebastião se ofereceram para buscar as ervas, enquanto Gusto preparava o ritual para desfazer o feitiço. Demorou pouco tempo para que nossos heróis encontrassem as plantas necessárias, já que conheciam bem o entorno do campo.

Com tudo pronto, Gusto iniciou o encantamento. Movimentos rápidos e precisos, palavras mágicas ditas em tom baixo e harmonioso, e em um piscar de olhos, a televisão começou a desaparecer lentamente. Primeiro, as antagonistas antenas sumiram, depois a tela e, por fim, o corpo empoeirado.

— Uau! Isso foi mágico! — disse Maurício, ainda atônito.

— Muito obrigado por sua ajuda, Gusto. Foi muito esclarecedor saber que magia ainda vive em nosso campo — disse Sebastião, apertando de leve a mão do gnomo.

— Voltem sempre que quiserem. É bom saber que podemos contar uns com os outros nesse campo de girassóis — respondeu Gusto com um sorriso largo.

Após solucionarem o mistério, Maurício e Sebastião se despediram de todos, satisfeitos com a resolução da aventura. Com a televisão fora do campo, tudo voltou ao normal. Eles então decidiram celebrar com um piquenique, acompanhado de todos os amigos que se preocuparam com o mistério.

Daquele dia em diante, o campo de girassóis permaneceu um lugar de amizade, aventuras e, de vez em quando, um toque de magia bastante peculiar, lembrando a todos de que, mesmo nos lugares mais improváveis, sempre existem mistérios a serem desvendados e muitas histórias para contar.

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