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O Encontro Inusitado na Caravana

Numa tarde ensolarada e ventosa, nos arredores de uma pequena cidade cercada por vastos campos dourados, uma caravana colorida repousava tranquilamente. A caravana, pintada com figuras de animais dançantes e flores de todas as cores, era o lar de Marlon, um rato aventureiro com pelos brilhantes como o ouro do sol ao entardecer. Marlon não era um rato comum; ele usava um pequeno chapéu de palha e tinha como companhia uma boneca de pano que ele chamava carinhosamente de Lili. A boneca, com seus vestidos de retalhos coloridos e olhos de botão brilhante, estava sempre às costas de Marlon, presa por um pequeno pedaço de corda.

Certa manhã, quando o orvalho ainda beijava as folhas das árvores, Marlon decidiu que era hora de partir em busca de novas aventuras. Ele tinha ouvido histórias de uma criatura gigantesca e misteriosa que habitava as águas profundas do oceano, muito além dos campos dourados. Com Lili às costas, ele retomou seu caminho, movido pela curiosidade e pelo desejo de descobrir o desconhecido.

— Lili, você acredita que existem criaturas tão grandes que mal podemos imaginar? — perguntou Marlon, enquanto caminhavam por um campo de trigo que dançava ao sabor do vento.

— Se existirmos nós, porque não haveria espaço para os gigantes? — respondeu Lili, com sua voz macia, que soava na imaginação de Marlon.

Depois de dias vagando, chegaram à beira-mar, onde as ondas contavam segredos do oceano em sussurros. Foi então que Marlon, na margem, viu algo extraordinário: uma imensa baleia azul, cujo sopro criava arco-íris sob o sol do meio-dia. Marlon ficou atônito. Nunca em suas aventuras encontrou criatura tão magnífica.

— Oh, magnífica criatura do mar, sou Marlon, e esta é Lili — disse Marlon, tentando parecer tão digno quanto possível.

— Saudações, pequeno viajante. Sou Oceana, guardiã das águas profundas. Por que vocês, tão pequeninos, aventuram-se tão longe de casa? — a voz da baleia era como o som de muitas águas, profunda e calmante.

Marlon contou a Oceana sobre sua sede de aventura, o desejo de conhecer o mundo além dos campos dourados, e sobre Lili, sua leal companheira.

— Sua coragem é louvável, pequeno Marlon. Mas o que buscais em águas tão vastas e profundas? — perguntou Oceana, intrigada.

— Desejamos conhecer os mistérios deste imenso mundo. Poderia nos mostrar, Oceana? — Marlon falou com olhos brilhando de admiração e um pingo de esperança.

Oceana sorriu, e no momento seguinte, uma onda suave elevou Marlon e Lili, depositando-os cuidadosamente em sua vasta cabeça.

— Então, segurem-se firme, pequenos amigos. Vou mostrar-lhes o mundo através dos olhos do oceano — disse Oceana.

A jornada através das águas foi como nenhum outro sonho que Marlon e Lili poderiam ter imaginado. Viram corais que brilhavam como estrelas sob a luz do sol, peixes de todas as cores e formas que dançavam ao redor deles, e até mesmo um navio afundado, guardando tesouros de tempos esquecidos.

— O mundo é tão vasto e belo, Oceana. Como podemos agradecer-te por esta maravilha? — perguntou Marlon, sua voz cheia de gratidão.

— A melhor gratidão que você pode oferecer é cuidar deste mundo, pequeno Marlon. Prometam-me que farão o máximo para proteger estas maravilhas — respondeu Oceana.

— Prometemos, Oceana. Faremos o nosso melhor — assegurou Marlon, com uma determinação brilhando em seus olhos.

Ao se despedirem, Oceana presenteou Marlon e Lili com uma pequena concha que brilhava com as cores do arco-íris, um lembrete de sua promessa e da maravilha de suas aventuras.

Marlon e Lili voltaram para a caravana, corações cheios de histórias e olhos brilhando com novos sonhos. Eles sabiam que a aventura que haviam vivido era apenas o começo de muitas outras, e que o mundo estava cheio de mistérios esperando para serem descobertos.

Desde então, Marlon contava a todos os animais da caravana sobre sua aventura inesquecível, inspirando neles o amor pela descoberta e pela proteção das maravilhas do mundo.

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