Voltar à lista
http://A%20grande%20aventura%20na%20floresta%20encantada%20-%20Uma%20história%20de%20Koalia%20Stories

A grande aventura na floresta encantada

Nas profundezas da Floresta Encantada, onde as árvores sussurravam e os bichos dançavam à luz da lua, vivia um jovem lobisomem chamado Lupin. Ele era diferente de outros lobisomens. Lupin tinha o coração cheio de bondade e seus olhos brilhavam com a curiosidade de descobrir o mundo.

Uma noite, enquanto a lua cheia banhava a floresta com sua luz prateada, Lupin encontrou-se à beira de um mistério. Ele estava arrumando seu cantinho dentro de sua caverna, quando encontrou uma foto antiga escondida entre algumas pedras. Era uma imagem desbotada de um lobo ao lado de uma velha árvore com um tronco torto, mas ao fundo, uma luz azulada parecia emanar da árvore, iluminando o lobo de uma maneira mágica.

— O que será isso? — perguntou Lupin a si mesmo, intrigado com aquela descoberta. — Bem, só há uma maneira de descobrir.

Lupin, decidido a resolver aquele enigma, foi até o claro da lua, onde sabia que encontraria sua amiga coruja, Aurora, que era extremamente sábia e conhecedora de muitos segredos da floresta.

— Aurora! — chamou Lupin, erguendo a foto. — Você sabe onde posso encontrar esta árvore com o tronco torto e essa luz mágica?

A coruja, com seus grandes olhos amarelos, analisou a imagem por um tempo.

— Ah, jovem Lupin, esta é a Árvore dos Desejos, um segredo bem guardado da Floresta Encantada. Dizem que ela realiza um desejo especial para aqueles que provarem seu valor. — respondeu Aurora, batendo suas penas brancas suavemente.

— Será que posso encontrar essa árvore? — perguntou Lupin, com um brilho de esperança nos olhos.

— Use seu instinto, Lupin — disse Aurora. — Siga a luz da lua e as melodias do vento. Eles te guiarão.

E assim começou a jornada do jovem lobisomem. Enquanto ele adentrava mais profundamente na floresta, notou que havia outras criaturas observando-o. Havia coelhos curiosos, cervos graciosos e até um velho urso que acenou com a pata.

De repente, Lupin ouviu um barulho de choro. Seguindo o som, encontrou uma pequena raposa com o rabo preso em um espinheiro.

— Não se preocupe, vou te ajudar — disse Lupin, cuidadosamente liberando o rabo da raposa.

— Obrigada! — exclamou a raposa. — Meu nome é Fiona. Como posso retribuir?

— Só quero encontrar a Árvore dos Desejos — explicou Lupin.

Fiona pensou por um momento e disse: — Vou te mostrar um atalho secreto. Siga-me!

A raposa guiou Lupin por um caminho estreito que ele jamais teria encontrado sozinho. Eles passaram por cachoeiras brilhantes, cavernas misteriosas e campos de flores que dançavam ao vento. No meio do caminho, encontraram Kiko, um esquilo travesso que usava um pequeno chapéu verde.

— Para onde vão vocês dois? — perguntou Kiko, curioso como sempre.

— Estamos em busca da Árvore dos Desejos — respondeu Fiona orgulhosa.

— Então vou com vocês! — disse Kiko, pulando de um galho para outro.

Os três novos amigos continuaram a jornada, ajudando-se em cada obstáculo. Finalmente, após horas de caminhada, chegaram a uma clareira onde estava a velha árvore com o tronco torto. Uma luz azulada irradiava suavemente desde suas raízes até as folhas mais altas.

— É aqui! — exclamou Lupin, segurando a foto com força em suas mãos.

Mas, ao se aproximarem, ouviram uma risada sinistra. Era um velho corvo chamado Carcaça, conhecido por seu coração amargo e suas palavras afiadas.

— Acham que podem obter um desejo dessa árvore sem pagar um preço? — zombou Carcaça. — Primeiro, devem resolver um enigma.

— Estamos prontos! — disse Lupin, determinado.

Carcaça, então, soltou o desafio: — O que é que sempre caminha, mas nunca sai do lugar?

Os três amigos pensaram por um momento. Kiko coçou a cabeça, Fiona franzia o focinho, mas foi Lupin quem sorriu primeiro.

— É o tempo — disse ele com convicção. — O tempo sempre avança, mas nós sempre estamos no presente.

O velho corvo, surpreso, nada mais pôde fazer além de se afastar com um bater de asas, deixando o caminho livre para os três amigos.

Quando chegaram ao pé da árvore, Lupin fechou os olhos e fez seu pedido. De repente, uma luz intensa envolveu todos, e o desejo de Lupin foi revelado em seu coração: a harmonia entre todas as criaturas da floresta.

A Árvore dos Desejos floresceu com luminosas flores azuis, e uma aura de paz e amizade se espalhou por cada canto da Floresta Encantada. Todos os animais, movidos por um sentimento de união, cantaram uma melodia harmoniosa que ecoou sob a luz da lua.

— Conseguimos! — gritou Lupin, sentindo-se leve e iluminado por dentro.

Fiona e Kiko, cheios de alegria, abraçaram seu amigo lobisomem enquanto a coruja Aurora observava de cima com um olhar de aprovação.

— Lupin — disse Aurora, se aproximando. — Seu coração puro e sua determinação trouxeram a paz que nossa floresta precisava. Você será lembrado como o herói que uniu todos nós.

E assim, aquela noite inesquecível marcou o começo de uma nova era na Floresta Encantada, onde lobisomens, corujas, raposas, esquilos e todos os outros animais conviviam em perfeita harmonia sob a Luz da Grande Lua.

Compartilhar

Deixe um comentário

16 + five =